Centro de Dia |
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Há alguns anos atrás, os idosos de hoje eram homens e mulheres de determinação. Viviam na sua própria casa, os filhos dependiam deles, saíam de manhã e voltavam à noite depois de um árduo dia de trabalho. O dinheiro era sempre pouco, mas a verdade é que também não era tão necessário como nos dias em que hoje vivemos. A maioria comia daquilo que cultivava no quintal e do que criava, nada abundava e por isso era tudo muito bem dividido. Não existiam centros comercias, fóruns e parques de diversões, os serões eram passados à luz de uma candeia que iluminava a numerosa família, onde rezavam o terço, faziam croché e onde alguns, com muita persistência, ainda estudavam. Ao Domingo, único dia de descanso, era dia de vestir a “melhor roupa” para ir à missa e de se reunir a vizinhança para dois dedos de conversa. A vida mudou. É verdade. Os filhos trabalham até mais tarde. Os pais vivem felizmente até cada vez mais tarde. Mas, o mais incrível é que a sociedade começa a conseguir, através de equipamentos como a nossa Instituição, ajustar-se a essas mudanças. Quantos filhos estão hoje tranquilos por saberem que podem confiar no Centro de Dia e no Serviço de Apoio Domiciliário? E quantos pais vivem de uma forma mais autónoma e com mais esperança com todos os desafios com que se deparam porque se sentem acompanhados? Muitos! |
Há espaço para a esperança. Esperança de que mudar, não significa deixar de cuidar, não significa deixar de participar, fazer e viver. E isto serve para todos. Para os idosos e para todos os que os rodeiam. Aos primeiros exige-se que não se demitam dos seus interesses, que aproveitam as suas capacidades até ao limite, que se mostrem disponíveis para a novidade que é tanta. Aos últimos, aos que acompanham os idosos, exige-se que sejam a ajuda nos caminhos mais difíceis e companheiros de todas as conquistas. E afinal, podem-se fazer tantas conquistas a partir dos 65… |